06/03/13

Aproveitar a maré


Respondo ao desafio de escrever algo para o blogue da AMAV.
Pareceu-me oportuno, porque os tempos exigem que os cidadãos procurem soluções comuns para os problemas que lhes caiem em cima.
Viver em comunidade foi uma necessidade que o homem encontrou desde a pré-história. A caça assim o exigia. Actualmente, como caçados, assim o exige.
Mas deixemos o óbvio para falarmos de algo especial
E especial foi a troca de informações, de preocupações e de soluções que alguns moradores da Verdizela desencadearam através das formas de comunicação que a AMAV proporciona aos moradores.
Foi saudável mas só terá sentido prático se ... não ficarmos por aqui.
As questões de segurança, de infraestruturas e de serviços, mereceram notoriamente a atenção.
Sinais dos tempos que atravessamos ou algo mais complexo?
Deixarei essa discussão para os especialistas das ciências sociais.

Aproveitemos esta onda e alimentemo-la:
  • As operadoras de telecomunicações fazem o seu trabalho, visando naturalmente o maior lucro. Parece-me bastante feliz a ideia de este aldeamento apresentar-se suficientemente organizado para poder negociar boas soluções custo/resultados. De caçados passarmos a caçadores!
  • A segurança é suficientemente delicada para ser tratada de forma leve. Existem instituições que têm obrigações com os cidadãos nesta área. Estou a pensar na PSP e na Autarquia. Estou certo que a PSP deslocará especialistas para discutir connosco a melhoria da nossa segurança e a Câmara Municipal tem Regulamento Camarário nesta área. Saliente-se que a AMAV já discutiu o tema com o respectivo Vereador e haverá necessidade de voltar à carga porque somos os principais interessados
  • A questão das infraestruturas de saneamento é gritante, considerando o espaço territorial e o ano em que nos situamos, os impostos que especificamente pagamos e os programas comunitários que nos poderão contemplar. Parece haver moradores conhecedores da matéria. Afigura-se que estamos do lado da razão. Falta caminhar!
  • As questões menores que mexem diariamente connosco devem ser realçadas. Quem não contactou a D. Bia a pedir um canalizador, um electricista, um cortador de pinheiros ou … um milagroso empreiteiro?
    Com o devido respeito por estes e outros profissionais, mais vale ser justamente servido do que caçado!

Assim, preconizo que a discussão seja o mais alargada possível, procurando aquilatar quais os temas prioritários, a disponibilidade de colaboradores e os possíveis caminhos a desbravar.
Como alguém disse, a direcção da AMAV está vocacionada para coordenar esta tarefa.
Ainda mais quando, em boa hora, obteve a generosa cedência de um tecto digno e provisório até à sede definitiva estar de pé.
Estão reunidas as condições:
- O dinamismo de alguns moradores, um espaço de trabalho, uma AMAV activa e a necessidade urgente de vivermos melhor, mais seguros e em comunidade!

Roberto Robles